A cirurgia teve duração de 4 horas e meia, segundo Secretaria de Saúde. Paciente permanece estável no centro de tratamento intensivo da unidade.
O soldado Hélio Andrade, ferido gravamente após uma equipe da Força Nacional ser atacada a tiros na tarde desta quarta-feira (10), no Conjunto de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio, deixou o centro cirúrgico do Hospital Municipal Salgado Filho, onde foi operado por uma equipe de três neurocirurgiões.
A cirurgia teve duração de 4 horas e meia. O paciente permanece estável no centro de tratamento intensivo da unidade.
No momento do ataque, a equipe estava a caminho do Centro, entrou por engano na Vila do João, uma comunidade dominada por traficantes, e foi alvejada numa localidade conhecida como Boca do Papai.
Segundo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes:
– o capitão capitão Alen Marcos Rodrigues Ferreira, que atua em Cruzeiro do Sul, no Acre, teve ferimentos leves;
– o soldado Rafael Pereira, do Piauí, escapou ileso; e
– o soldado Hélio Andrade, de Roraima, foi ferido gravemente.
(ATUALIZAÇÃO: o G1 chegou a informar que um dos policiais morreu depois de ser atendido. Mas, segundo informou o ministro da Justiça por volta das 19h, o militar sobreviveu e estava sendo operado. A informação da morte foi passada pela Força Nacional para a Polícia Civil, e policiais da divisão de homicídios foram encaminhados ao local.)
Hélio Andrade, 37 anos, está no Rio desde 2015 e foi atingido com um tiro de fuzil na testa e perdeu muita massa encefálica, segundo apurou o G1.
“Nós temos em relação ao soldado Hélio um ferimento grave. Diferentemente do que vem sendo noticiado, e por isso a importância, eu resolvi falar antes da nossa reunião no CICC, ele não faleceu. Ele está sendo operado, o neurologista já está há quase duas horas operando, fazendo a transfusão de sangue necessária, e nós acreditamos que ele vai sobreviver a isso”, afirmou o ministro.
Moraes afirmou que, segundo a Força Nacional, os militares erraram o caminho, entrando indevidamente na comunidade. Disse também que dois suspeitos do ataque já foram identificados. “Duas pessoas já foram identificadas e nós vamos atuar para prender essas pessoas rapidamente.”
A Força Nacional foi designada pelo Ministério da Justiça e Cidadania para cuidar da segurança de todas as instalações de competições da Olimpíada e Paralimpíada do Rio. Ela é formada por policiais militares, civis, bombeiros e peritos.
Todos os agentes da Força Nacional passaram por vários cursos de capacitação e outros treinamentos. Eles são dos 26 estados e também do Distrito Federal. A formação começou há mais de um ano, em Brasília e a maior parte do contingente é formada por PMs.
Família do militar a caminho do Rio
O comandante-geral da PM em Roraima, coronel Dagoberto Gonçalves contou ao G1 que osoldado Hélio Andrade mora no Rio desde o ano passado.
A corporação comunicou à família dele o ocorrido. Os parentes se prontificaram a seguir para a capital fluminense.
“Já comunicamos a família do militar aqui no estado e alguém deve ir ao Rio de Janeiro para acompanhar o estado de saúde dele”, disse Gonçalves, acrescentando que a Polícia Militar de Roraima está acompanhando toda a situação.
Fonte G1.