Apontado como financiador de atos antidemocráticos, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, ex-prefeito de Machadinho D´Oeste e empresário do agronegócio Neodi Oliveira, negou que tenha financiado qualquer manifestante ou grupo de manifestantes rondonienses e que se envolveram no quebra-quebra aos prédios públicos da capital federal no último domingo.
Neodi teve seu nome envolvido como um suposto financiador das caravanas rondonienses que participaram da manifestação dos chamados ´atos antidemocráticos´ e desafiou qualquer pessoa a comprovar as acusações contra ele e que estão sendo veiculadas em grupos de bate-papos na cidade por seus adversários políticos.
O ex-prefeito admite claramente que participou das manifestações pacíficas, inclusive esteve acampado em Porto Velho, por mais de um mês, aguardando uma possível tomada de decisão do presidente Bolsonaro (que não aconteceu). Tão logo houve a posse do atual presidente, ele voltou para Machadinho, aceitando o resultado das eleições.
Neodi se disse indignado: “Agora ouvindo o áudio, fico assim indignado. Lugar pequeno. Fui político aqui por muitos anos, tem pessoas que gostam de mim, mas tem também aqueles que odeiam a gente. Então eles procuram de tudo para tentar macular a imagem da gente”, disse o ex-prefeito e relatando sua participação no movimento.
“No primeiro dia, quando me chamaram, eu fui ali em Ariquemes na estrada, eu olhei, vi como era a situação e falei ´isso aqui não bate comigo, esse negócio de tá trancando estrada, impedindo as pessoas de ir e vir não é comigo´. Vou fazer minha parte e ir para Porto Velho. Tinha opção de ir para Brasília, mas preferi ficar em Porto Velho”, relatou.
De acordo com o ex-presidente, ele e vários colegas alugaram uma tenda onde ficou por quase sessenta dias participando dos atos pacificamente, ´cantando hino nacional, cantando hino de Rondônia, rezando´, até o dia 30 de dezembro. “Tive que voltar para Machadinho porque tinha que pagar o salário dos meus funcionários.
“Eu jamais patrocinei um ônibus para Brasília, uma passagem para alguém, ou dinheiro para alguém comer na viagem. O homem já assumiu e para mim a minha participação na luta acabou”, disse Neodi ao ressaltar que apoiou o Presidente Bolsonaro em sua reeleição.
Fonte: Observador