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Jovem descobre que é alérgica a água e até chorar, literalmente, dói

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Abigail Beck foi diagnosticada em abril com uma doença que só tem cerca de 100 casos relatados

Por Correio Braziliense

(crédito: reprodução)

Quem vê a foto da norte-americana Abigail Beck, de 15 anos, dificilmente poderia imaginar que a adolescente, aparentemente comum, tem uma doença raríssima e bastante desconfortável: alergia a água. Devido a doença, ações básicas como tomar banho, beber água e até mesmo chorar causam muita dor e são evitados sempre possível.

A jovem do Arizona foi diagnosticada em abril com urticária aquagênica, uma doença rara que até hoje só cerca de 100 casos foram relatados na literatura médica. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, a alergia a água é mais comum em mulheres e os primeiros sintomas costumam aparecer na puberdade.

Em entrevista ao Daily Mail, Abigail contou que quando a água toca no corpo dela causa um efeito de ácido e surgem erupções na pele. Por isso, ela toma banho a cada dois dias.

Beber água faz com que ela vomite. Para se manter hidratada ela opta por bebidas com menor teor de água, como energéticos e sucos. Além disso, o tratamento dela inclui pílulas de reidratação. “Minhas próprias lágrimas causam uma reação em que meu rosto fica vermelho e queima muito. Eu choro como uma pessoa normal e dói. As lágrimas são uma das piores partes disso, porque quando você chora, suas lágrimas não devem queimar sua pele”, disse.

Antes de ser diagnosticada, ela sofreu sem saber o que estava acontecendo por três anos. De acordo com a jovem, ela tinha medo de ir ao médico e acharem que ela era louca. “Demorou muito tempo a ser diagnosticada. Ela progrediu lentamente e começou a piorar com o tempo. Quando chovia, doía muito, parecia ácido. Achei normal, então perguntei à minha mãe se a chuva parecia ácida para ela quando chovia, e ela disse que não”, conta.

A jovem relata que o pior é não saber o que pode acontecer, já que existem tão poucas informações disponíveis sobre a condição. Segundo ela, uma opção seria começar a ser hidratada por via intravenosa, caso a doença piore. “Quando digo às pessoas que sou alérgica à água, as pessoas pensam que é absolutamente ridículo e muitas pessoas ficam chocadas com isso. As pessoas sempre apontam que nossos corpos são feitos de água”, afirma.

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