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Estado Islâmico assume autoria do atentado em Barcelona

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BARCELONA — O Estado Islâmico (EI) reivindicou nesta quinta-feira, através da agência Amaq, a autoria do atentado em Barcelona, na avenida La Rambla, calçadão turístico no centro da cidade. Uma van branca avançou sobre a calçada e atropelou vários pedestres. A polícia espanhola trata o episódio como atentado terrorista e ativou o protocolo de segurança para situações deste tipo. Segundo o governo da Catalunha, o atropelamento deixou 13 mortos e ao menos cem feridos (15 deles em estado gravíssimo).

Há duas semanas, simpatizantes do grupo extremistas lançaram apelos nas redes sociais para atos na Espanha. De acordo com a especialista em contraterroristmo Rita Katz, do grupo de inteligência Site, apoiadores do Estado Islâmico ameaçaram o país nas redes sociais pedindo por ataques e a reconquista de al-Andalus, nome dado à Península Ibérica no século VIII, durante o domínio do califado Omíada. Apoiadores do EI também celebraram o ataque desta quinta-feira.

Às 16h50 da tarde desta quinta-feira, uma van invadiu a calçada de La Rambla e atropelou uma centena de pessoas em 500 metros em alta velocidade. Ao chegar em frente ao Teatro del Liceu, o autor da ataque fugiu do local, e algumas testemunhas alertaram à polícia e aos serviços de emergência dando uma descrição do condutor. O chefe da polícia da Catalunha, Josep Lluís Trapero, afirma que o dispositivo antiterrorista foi ativado.

— Trata-se de um atentado terrorista com a vontade de matar o máximo de gente possível — afirmou Trapero.

A polícia relaciona uma explosão em uma casa na noite de quarta-feira com o ataque.

Duas pessoas foram detidas, mas nenhuma delas é o motorista do atentado. Um dos presos nasceu na cidade de Melilla e o outro é marroquino. A investigação continua.

Os serviços de emergência locais pedem que as pessoas não cheguem perto da Praça da Catalunha. A área foi fechada e os estabelecimentos comerciais da região estão sendo esvaziados. Duas pessoas foram presas, segundo o governo regional. Um dos autores teria sido morto em uma troca de tiros com a polícia, em Sant Just Desvern.

Segundo a mídia local, o motorista teria fugido a pé. A polícia também desmentiu relatos da imprensa de que até dois homens armados estavam escondidos em um bar. De acordo com o jornal “La Vanguardia”, os autores do ataque teriam alugado uma segunda van com o objetivo de fugir após o atropelamento. O jornal espanhol “El País” disse que a polícia de Barcelona informa que o autor do crime, segundo áudio obtido com a corporação, é um homem de 1,70 metro de altura, vestido com camisa de cor branca com listras azuis.

 

Os policiais esvaziaram os arredores da Praça da Catalunha — uma das extremidades da avenida — e estabeleceram um perímetro de 200 metros, segundo a AFP. Aproximadamente 600 pessoas estão se abrigam em igrejas e restaurantes que fecharam as portas próximos ao local do atentado. O presidente do governo da Catalunha, Carles Puigdemont, pediu por “máxima cautela” após o ataque. Ele acrescentou que toda a atenção deve estar nas vítimas do ataque.

Local do ataque em Barcelona
Van atropelou pedestres na região de Las Ramblas, importante bairro turístico da cidade
PARQUE GÜELL
SAGRADA FAMÍLIA
BARCELONA
PRAÇA DA CATALÚNIA
LAS RAMBLAS
CAMP NOU

O atropelamento, ocorrido às 17h05m, num horário de grande movimento, provocou intensa correria. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra vários pedestres fugindo em desespero pelas ruas da cidade. Outro vídeo mostra um homem no chão sendo socorrido por pessoas a sua volta.

— As pessoas começaram a correr, mas nós não sabíamos o que estava acontecendo. Havia muitas pessoas correndo. Então os policiais começaram a seguir pessoas. Estávamos perdidos, corríamos com três bebês e nos escondemos num restaurante próximo — afirmou a testemunha Daniela Goicoechea, que andava pelo local com três crianças de um, dois e três anos no momento do atentado.

— Estava indo muito rápido, sem se importar com quem estava no caminho — relatou Lourds Porcar, outra testemunha, à TV3.

 

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