Eles acreditavam que estavam sendo transportados por coiotes de El Salvador para os Estados Unidos, mas na verdade foram levados a um terreno baldio e mortos. Foto ilustrativa do setor de Laredo, Texas.
Quatro membros de uma família de imigrantes, incluindo um menino de sete anos, foram assassinados por coiotes ao tentar a travessia ilegal para os Estados Unidos pela fronteira com o México.
Eles acreditavam que estavam sendo transportados por traficantes de seres humanos, conhecidos popularmente como coiotes, de El Salvador para os Estados Unidos, mas na verdade foram levados a um terreno baldio e mortos.
A Polícia prendeu quatro suspeitos, que compareceram na quinta-feira passada pela primeira vez a um tribunal de La Libertad, município do litoral salvadorenho. A Procuradoria Geral da República (FGR) daquele país acusa-os de homicídio qualificado e fraude.
Segundo a investigação, o autor dos homicídios é Saúl Ernesto Molina González. Já Óscar Armando Portillo Martínez teria se feito passar por coiote. Seus cúmplices são Denis Vladimir Aguilar Yanes e José Sixto Gómez, que teriam colaborado para ocultar provas.
As vítimas foram identificadas como Medardo Enrique Tejada Portillo, Yeni Selena Dubon Peñas, Ana Francisca Domínguez de Zelaya e um menor de sete anos.
A Promotoria assegura que Molina González recebeu uma remessa de 9.000 dólares de uma imigrante residente nos Estados Unidos, que só foi identificada como “Senhora Peña”. Ela é a mãe de Dubón Peña e avó da criança assassinada. A transferência foi o pagamento para transportar sua família para os Estados Unidos.
Eles foram chamados a um posto de gasolina no departamento de Chalatenango em 9 de outubro para iniciar a falsa jornada para o norte. “As vítimas, a bordo do veículo em que deveriam partir, foram transferidas para um terreno rústico localizado no cantão de San Rafael, em La Libertad, onde foram assassinadas”, descreve a FGR em nota.
No dia seguinte, uma ligação para o serviço de emergência 911 alertou para a descoberta de quatro corpos. Não foi revelado por que esses indivíduos decidiram tirar suas vidas, em vez de apenas enganá-los.
Aumento da imigração ilegal
Esses crimes ocorrem quando as prisões de imigrantes na fronteira dos Estados Unidos com o México quebram todos os recordes. Milhares de pessoas da América Central continuam a chegar na região de fronteira, apesar de o governo Joe Biden manter as duras medidas implementadas pelo governo Trump.
No ano fiscal de 2021, que terminou em 30 de setembro, a Patrulha de Fronteira deteve 1,7 milhão de pessoas, quase o triplo do número de apreensões que fez no período anterior e mais do que em qualquer outro ciclo em três décadas. A maioria veio de El Salvador, Guatemala e Honduras. Com informações do canal Univision.
Fonte:Gazeta News