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Calouros sofrem queimaduras graves em trote

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Segundo relatos, mais de 20 estudantes do curso de Medicina Veterinária sofreram sérias queimaduras químicas causadas por creolina

Foto: Reprodução

O trote violento e constrangedor contra estudantes universitários recém-ingressos (os chamados “calouros”) é uma parte da cultura acadêmica de um passado nada elogiável das instituições de ensino superior.

Mas essa herança ainda insiste em estar presente dentro das universidades. Muitas vezes, com sérias consequências, como aconteceu com calouros do Setor Palotina da UFPR.

Segundo relatos, mais de 20 estudantes do curso de Medicina Veterinária sofreram sérias queimaduras químicas causadas por creolina, que é um produto usado com germicida e desinfetante de uso veterinário, após serem banhados com o produto em uma situação de humilhação (estavam ajoelhados no chão). Todos foram levados ao hospital municipal.

O Instituto Médico Legal (IML) vai apurar se havia algum outro produto misturado e a Polícia vai investigar o caso.

Mas o fato é que essa prática, que deveria ter sido definitivamente banida da cultura universitária, ainda existe e é necessário que toda a nossa comunidade se comprometa a combatê-la.

A diretoria da APUFPR se solidariza aos estudantes que sofreram com essa violência e espera que todos os fatos sejam devidamente apurados, inclusive internamente, seguindo normativas aprovadas pelos conselhos superiores da nossa universidade para situações como esta.

Além disso, expressamos publicamente nosso repúdio a qualquer tipo de atitude que viole o corpo e a integridade física e moral dos membros da nossa comunidade universitária. Trote violento não é brincadeira. É algo inaceitável e inadmissível, e precisa acabar.

Fonte: APUFPR

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